No mesmo dia em que chegavam à Roménia mais uma centena de ciganos deportados de França, um representante do Governo de Bucareste advertia Paris para o risco de fomentar a xenofobia e o racismo, temor que a Comissão Europeia partilha e fez saber.
Valentin Mocanu, secretário de Estado romeno, em Paris para consultar o Governo francês sobre o repatriamento de ciganos romenos, advertiu que a decisão francesa poderá levar a comportamentos racistas e xenófobos, sendo necessário informar a sociedade civil. "Insisto para que haja melhor comunicação, para ajudar a sociedade francesa a compreender melhor a situação" dos ciganos. "Muitos na Roménia estão preocupados, e acham que as possíveis soluções para esta questão podem degenerar em acções racistas e xenófobos", disse.
Relações tensas
Não são os únicos. Embora sem condenar França, a vice-presidente da Comissão Europeia (CE) e responsável pela área da Justiça, Direitos Fundamentais e Cidadania, Viviane Reding, criticou a retórica de alguns estados-membros da União Europeia nas últimas semanas, que foi "abertamente discriminatória e incendiária". Todavia, a CE só assumirá uma posição oficial para a semana.
Entretanto, Mocanu e o colega Dan Valentin Fatuloiu, secretário de Estado para a Ordem e Segurança Pública, encontra-se ainda em Paris, onde reuniram com três ministros - Brice Hortefeux (Interior), Eric Besson (Imigração) e Pierre Lellouche (Assuntos Europeus) - para desanuviar as relações entre as partes. Aquelas ficaram tensas desde que Paris agravou a política contra os ciganos da Bulgária e da Roménia no final de Julho, desmantelando dezenas de acampamentos ilegais e anunciando que repatriaria 700, processo já iniciado (segundo as autoridades francesas, 8313 ciganos romenos e búlgaros já repatriados desde o início do ano).
Não obstante a diplomacia, a Roménia reprova o tratamento que França tem dado aos ciganos, e Paris acusa Bucareste de desprezar a integração dos deportados. Por isso, em missiva para Durão Barroso, presidente da CE, o primeiro-ministro francês, François Fillon, exigiu da UE medidas para assegurar que os 4000 milhões de euros de fundos europeus que a Roménia recebe todos os anos para programas de inserção sejam devidamente aplicados. "A França não tem meios judiciais para forçar o Governo romeno a empregar esses fundos em alojamento e educação da população. Mas a Europa tem-nos", diz Lellouche, advertindo que se Bucareste "não fizer desta questão uma prioridade nacional", a França bloqueará a entrada da Roménia no espaço Schengen, que permite a livre circulação.
Relações tensas
Não são os únicos. Embora sem condenar França, a vice-presidente da Comissão Europeia (CE) e responsável pela área da Justiça, Direitos Fundamentais e Cidadania, Viviane Reding, criticou a retórica de alguns estados-membros da União Europeia nas últimas semanas, que foi "abertamente discriminatória e incendiária". Todavia, a CE só assumirá uma posição oficial para a semana.
Entretanto, Mocanu e o colega Dan Valentin Fatuloiu, secretário de Estado para a Ordem e Segurança Pública, encontra-se ainda em Paris, onde reuniram com três ministros - Brice Hortefeux (Interior), Eric Besson (Imigração) e Pierre Lellouche (Assuntos Europeus) - para desanuviar as relações entre as partes. Aquelas ficaram tensas desde que Paris agravou a política contra os ciganos da Bulgária e da Roménia no final de Julho, desmantelando dezenas de acampamentos ilegais e anunciando que repatriaria 700, processo já iniciado (segundo as autoridades francesas, 8313 ciganos romenos e búlgaros já repatriados desde o início do ano).
Não obstante a diplomacia, a Roménia reprova o tratamento que França tem dado aos ciganos, e Paris acusa Bucareste de desprezar a integração dos deportados. Por isso, em missiva para Durão Barroso, presidente da CE, o primeiro-ministro francês, François Fillon, exigiu da UE medidas para assegurar que os 4000 milhões de euros de fundos europeus que a Roménia recebe todos os anos para programas de inserção sejam devidamente aplicados. "A França não tem meios judiciais para forçar o Governo romeno a empregar esses fundos em alojamento e educação da população. Mas a Europa tem-nos", diz Lellouche, advertindo que se Bucareste "não fizer desta questão uma prioridade nacional", a França bloqueará a entrada da Roménia no espaço Schengen, que permite a livre circulação.
NewsTV+
No comments:
Post a Comment